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Quando não esteve em
Paris, JM visitou os bairros mais distantes onde recolheu uma série de madeira
de construções devolutas. Viu os realistas da revolução, visitou museus, os
andrajos do braço da vênus e os usou nas séries temáticas de suas composições.
O braço ficou vagando, ora aparecia de cabeça pra baixo, ora de cabeça pro lado,
ora oblíquo ao pano de fundo no qual faltava o corpo da deusa. De Aquiles
roubou o calcanhar. De da Vinci, a máscara mortuária e o estudo da anatomia
humana. De Coubert, a boceta.
Quando voltou da cidade
em que nunca esteve, se pôs a trabalhar tão freneticamente que era possível
àqueles que morte visita cedo enxergá-los dispersos pelos muros contra os quais
se dançava uma coreografia quebrada, ao som do haxixe.
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