terça-feira, 30 de junho de 2015

Um poema de Flávia Rocha

CHAN QIN NIU

Uniforme azul-marinho de pregas,
ténis e meias soquete brancas,
uma borboleta tatuada no tornozelo,

as pernas esticadas à frente da cadeira
enquanto espera o trem na estação,
folheando uma revista, as unhas roídas,

a mochila no chão, no trem, em cima
do sofá, ténis desamarrado e televisão -
hoje a irmã não vem dormir em casa.


(Flávia Rocha)

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