Entre as muitas coisas que
vivemos, algumas se destacam – mínimos presentes que são deixados aqui e ali na
nossa maluquice diária. Não me lembro de haver sequer um ano dado presentes do
dia das crianças para meus filhos. Nunca caí no canto de ouro das sereias sibilantes
do mercado. Os presentes eram dados em outras datas, conforme dava na vontade. E
mais simbólicos que de agrado fácil, percebidos só com passar do tempo como forma
de alegria diária. Acontece, por exemplo, quando acordava diariamente pelo fim
da madrugada e chamava os meninos para andar na praia e ver raiar o dia. Coisas
simples que corroboram para a mitologia familiar, com a força dos heróis do
passado que agiam sem finalidade.
(oswaldo martins)
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