segunda-feira, 15 de novembro de 2021

descante

a cor da unha

o balanço-sola

a liturgia dos pés

 

caem vagares sob a cidade

as pessoas os cães os cavalos

passam há cigarras ainda

 

e o estupor civilizado

no chão o outro do eu

cavo ao fecharem-se olhos

 

ultimo o silêncio

as sintaxes secam

a despedida-quando

 

o cicio do age-fim

resta no nada

 

(oswaldo martins)

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