terça-feira, 23 de novembro de 2021

uma lenda arrepiadora

 

olharam a sanhuda ave de césar

na árvore a baloiçar de lá pra cá

de cá pra lá até onde o vento

 

a roupa-traste de rasgada tiras

já não veste o moreirinha tirado

pelo medo de seus cabos

 

pela morte-fama do contestado

cabeças boiam no ainda boiar

desta farda incorpórea e rota

 

qual caxias à margem-história

joga ao revés de si os paraguaios

dos sertões que em kirie eleison

 

entoam glórias ao bom menino

no há-de vingá-los da morte

o manto-água da matéria-nada

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