O pote molda as mãos
Que o tocam à beira do lago
no poema ou à beira do rio
de lama e desaparecimento.
O pote é marrom, cão, filho, mãe
e vaca amalgamando uivos
sensoriais,
a grama oculta, o verde abraçando
máscaras
por um segundo, não mais.
Os bombeiros carregam bebidas no
bolso
quem os condenaria. As crianças
cancelam
aulas e ornamentos em feriados sem
fio,
os calendários doem.
Se não fosse o pote, as mãos
não saberiam como rezar. Em volta
dele
se aproximam, o meio um espaço
querido
de vazio e parceria.
Pássaros foram vistos
depois que a represa rompeu,
ao redor do silêncio.
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