O ROSTO DE UMA MULHER
Eu morava no rosto de uma mulher
que mora numa onda.
A maré cheia trouxe-a até à praia
cujo porto desapareceu nas suas
conchas .
Eu morava no rosto de uma mulher
que me assassinou, que no meu
sangue de navegador
até ao fim da loucura amorosa
quer ser um farol, que se apaga.
(Adônis)
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