Dois novos livros de poesia
chegaram esta semana a minhas mãos. O olho empírico,
de Dora Ribeiro e o Junco, de Nuno Ramos. Aliás, dois grandes livros, em tudo
dessemelhantes, mas próximos pela alta qualidade que possuem e faz deles um dos
melhores lançamentos da poesia brasileira neste ano.
Olho
empírico – como é saboroso isto – não traz a mínima pista de quem é a autora.
Seco, não contém mais informações que as necessárias para o leitor – apenas os
poemas em sua nudez, nenhuma informação adicional. Basta ao leitor que leia os
poemas e com eles se conforte e frua a excessiva beleza que contêm.
Junco,
ao contrário, é prodigo em informações sobre o autor. Data de nascimento,
prêmios recebidos, livros publicados, uma bela orelha de Flora Sussekind e a
informação adicional de que o autor, cujas obras são belas, é também artista
plástico.
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