dedicatória
ña senhora, tenho-vos mandado uma enxurrada de versos que
não são de minha autoria , são versos que me veem dos tantos versos que li, mas
o amor de que falam é meu – é o amor que tenho por si.
I
amo-te tanto
de um amor tão grande
para uma vida tão curta.
II
olhos
só os tenho
para ti.
III
estava assim tão cansado
de amores desenganados
quando Circe pôs sua mão
sobre minha mão.
IV
amo-te
de um amor tão grande
quem me dera
fosse amor pequenino.
V
estando de AMOR
desiludido e magoado
a sofrer danos por gestos
ousados
vi em Circe
bela e comedida
um mover de olhos, brando e piedoso,
um riso brando e honesto
um doce e humilde gesto.
VI
dizei-me senhora
por que me queres o corpo
se vos ofereço a alma?
VII
de todo o meu amor
não serás senhora
de todo o teu amor
não serei escravo.
VIII
não é a tua beleza
que me intimida
temo os deuses
que por desobediência minha
e inveja deles
me tolham as mãos
IX
que me dizes AMOR
agora que te venço
X
que me dizes agora AMOR
que tenho sobre teu peito
a ponta da minha espada.
XI
sei senhora
medir bem o amor
que vos dedico
sei por vossa recusa
e pelas penas e mágoas tristes
em que vivo.
XII
não devias senhora
recusar-me um sorriso bondoso
não devias senhora
recusar-me um olhar piedoso.
XIII
Nise
estar ao pé ti
é estar sentado
à
sombra
dum álamo copado.
XIV
esta impaciência
que me
impacienta
é a impaciência
do amor
elesbão
(14/05/2011-19/11/2011)
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