sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Fios desfeitos

A casa se ergue, mas a estrutura continua cindida
Salto no escuro rostos opacos olhares vazios
O tempo a decantar lágrimas
A roda do moinho corta grita grunhi
Quebro o tempo e os ponteiros do relógio
O mundo anda ao revés
Cabeça a girar tonteira infecta
Corro a vomitar no tempo e no tanque


Maria Tereza Pereira Cardoso

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