quinta-feira, 11 de agosto de 2011

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as ruas e seus paralelepípedos atraem o movimento de meus pés
ali uma moça nua aqui e acolá o que no seu devir toco de cigarro
a infame subtração dos transeuntes das vitrinas do peso corpóreo
flanar sob a brisa ou o odor cadavérico dos esgotos vir do escarro
para o nada absoluto quando a cidade de desfaz perfeita redondez
que guardo no bolso esquerdo da calça como se guarda uma praça
que se deixou perdida e pesa mais de lado e faz caírem braços ou
pender a cabeça no estrato fugidio da horas ou mesmo pender dos
inconsúteis abraços um pingente vago como o umbigo entrevisto
entre a blusa e a saia

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