Quarta, dia 31
Quando eu saía da cabana de campo prá cidade, o Senador conseguia a chave e invadia de noite pra censurar fotos e charges que ridicularizam os traços e os gestos de meio século de sua lambança. Hoje ele entrava com cara amarela por não esperar que estivéssemos ali, como estávamos a gravar com Glauber, os fios do asqueroso moustache na botija. Percebíamos ao despertar que a aparição hedionda era um mau agosto que acabava.
Cláudio Correia Leitão
A prosa poética do escriba é concentrada, voraz, corroendo com Glauber a pose interminável do currupira político. Prosa corrosiva no melhor estilo graciliânico, com baba de bode e coentro armandiano.
ResponderExcluirLuiz Fernando Medeiros