terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Poema do dia


Julian Tuwim (1894 - 1953)

Quando sei
que o poema
haverá de surgir,
encerro o universo
entre parêntesis,
e coloco diante do parêntesis
o sinal
da função, do fator.

Começa então a operação,
reflexão sonora e rápida,
e o poema
emerge claro sobre o quadro-negro,
como um problema
de álgebra.

Depois,
abro o parêntesis,
libero os elementos aprisioonados
e appago o quadro-negro.

E canto a alegria -
para a casa e da escola -
e morro de amor dentro de casa.

(tradução de Aleksandar Jovanovic)


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