Julian Tuwim (1894 - 1953)
Quando sei
que o poema
haverá de surgir,
encerro o universo
entre parêntesis,
e coloco diante do parêntesis
o sinal
da função, do fator.
Começa então a operação,
reflexão sonora e rápida,
e o poema
emerge claro sobre o quadro-negro,
como um problema
de álgebra.
Depois,
abro o parêntesis,
libero os elementos aprisioonados
e appago o quadro-negro.
E canto a alegria -
para a casa e da escola -
e morro de amor dentro de casa.
(tradução de Aleksandar Jovanovic)
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