sexta-feira, 19 de março de 2010

sob os dísticos imperfeitos

a terra sempre se renomeia em dísticos a cabeça tontravada
criatura do caos do remedeio do que nunca houve ou haverá

onde de um caso de palavras bem arrumadas numa caixa
sem percalços bebeu ali rosa ali quem bebeu dos haroldos

campo

para viagens ali onde depositou artur seu manto sua espada
álgida arde um tumulto de fatos que ao se espalhar no oco

mesmo da caixa ressurge como um big-bang mais aturdido
que o próprio oco do universo


(oswaldo martins)

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