Costurou na boca do sapo
um resto de angu
- a sobra do prato que o pato deixou.
Depois deu de rir feito Exu Caveira:
marido infiel vai levar rasteira.
E amarrou as pernas do sapo
com a guia de vidro
que ele pensava que tinha perdido.
Depois deu de rir feito Exu Caveira:
marido infiel vai levar rasteira.
Tu tá branco, Honorato, que nem cal,
murcho feito o sapo, Honorato,
no quintal.
Do teu riso, Honorato, nem sinal.
Se o sapo dança, Honorato,
tu, babau.
Definhou e acordou com um sonho
contando a mandinga,
e falou pra doida: meu santo me vinga.
Mas ela se riu feito Exu Caveira:
marido infiel vai levar rasteira.
E implorou: "Patroa, perdoa,
Eu quero viver.
Afasta meus olhos de Obaluaiê",
Mas ela se riu feito Exu Caveira:
marido infiel vai levar rasteira.
Tás virando, Honorato, varapau,
seco feito o sapo, Honorato,
no quintal.
Figa, reza, Honorato, o escambau,
nada salva o sapo, Honorato,
deste mal.
(João Bosco / Aldir Blanc)
um resto de angu
- a sobra do prato que o pato deixou.
Depois deu de rir feito Exu Caveira:
marido infiel vai levar rasteira.
E amarrou as pernas do sapo
com a guia de vidro
que ele pensava que tinha perdido.
Depois deu de rir feito Exu Caveira:
marido infiel vai levar rasteira.
Tu tá branco, Honorato, que nem cal,
murcho feito o sapo, Honorato,
no quintal.
Do teu riso, Honorato, nem sinal.
Se o sapo dança, Honorato,
tu, babau.
Definhou e acordou com um sonho
contando a mandinga,
e falou pra doida: meu santo me vinga.
Mas ela se riu feito Exu Caveira:
marido infiel vai levar rasteira.
E implorou: "Patroa, perdoa,
Eu quero viver.
Afasta meus olhos de Obaluaiê",
Mas ela se riu feito Exu Caveira:
marido infiel vai levar rasteira.
Tás virando, Honorato, varapau,
seco feito o sapo, Honorato,
no quintal.
Figa, reza, Honorato, o escambau,
nada salva o sapo, Honorato,
deste mal.
(João Bosco / Aldir Blanc)
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