1
Um pouco da leitura de Heidegger,
através de Barasch. O inautêntico como espanto aético. Hanna Arendt, a voz da
minoria.
2
Fiorese e o impressionante
documentário literário do chão de presas fáceis – um belo livro.
3
Irritações críticas de sempre: Quintana,
Bilac, Carlito. Ódio profundo ao lugar comum disfarçado de novidade.
4
Paulo Henriques Britto – poeta de
minha predileção atual.
5
Elesbão Ribeiro, na medida certa.
6
Pesar e mais pesar. Elvira Vigna –
a triste tristeza de não sabê-la ao lado, com a feroz voz crítica de sempre.
7
Uma das besteiras maiores que li
ultimamente: Simpatia pelo demônio. Aquém e muito do que pode o demônio. Frágil
narrativa, triste contemporaneidade.
8
Machado. Silviano. Belezas
múltiplas da narrativa.
9
Máxima do escrever: caso digam
bonito, bonitinho o que se faz, jogue fora; nenhuma poesia, nenhum romance
merece uma apreciação desta. Bonito, bonitinho é o caralho! Prefiro o silêncio.
Todo escritor tem de resistir na linguagem a qualquer possibilidade de ser
aceito. Recusa à mínima possibilidade de ser adotado pelo lugar comum. Há coisa
mais triste que os valeu a pena se a alma não é pequena? Que os e agora, José? Ou
o de tudo ao meu amor? O poeta – principalmente – tem de saber resistir para
além de sua época. Leiam Oswald, leiam Trakl, leiam Celan ou Höerdelin, para
entenderem o que digo. Se conseguirem reduzi-los a uma máxima – o que duvido –
me avisem para defrenestá-los pela janela de meu ódio.
10
O eu não te amo de uma puta
vale mais que o eu te amo de um poeta.
(oswaldo martins)
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