degas I
se lavam nas bacias
lânguidas das últimas trepadas
com o jarro deixam escorrer
sobre a buceta a água morna
esfregam e fazem descer pelas coxas
a espuma azul das noites
incontestes
degas II
de costas o rasgo da bunda
sobre o vermelho da almofada
um paraíso adornado pela composição
dos quadros
verbo intransitivo
de quatro a velha matrona
rebola
do jovem idiota que a
empolga
a mestra dos prazeres
gargalha
cabaret mineiro
havia uma dona
que sorvia a fumaça do cigarro
pela boceta
e a soltava pelo rabo
as gentes vinham de longe
só para vê-las
tradição
entre salvador, são paulo, rio
minas é a puta mais nova
da federação
(oswaldo
martins)
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