segunda-feira, 11 de abril de 2022

camões de botequim

desde a imposição dos botequins

os noturnos de sarjeta pedem corpos

em vassalagem

 

esticam o corpo dormente – lentos

pés sujos da rua convidam

a outro gole

 

aquele que na calçada dorme

o sonho dos anjos inebriado

de prazer

 

ante a dominadora fresta

o horror dos burgueses

ergue-se

 

contra o desvio dos amantes

e o mau comportamento

que Amor

 

a todos submete

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