poema para muitos pés
pletora passos preclaros os
pés
em clave de sol a pino
pisar pedras as escarpas
proteger o refluir do humor
crestado solar sobre o solo
rachado subir pelos rebordos
dos cravos espinhos cravar
calcanhares e artelhos parcos
pousar no plexo dos dedos
o perfurante das arestas
irregulares provas ao longo
corpo-serpente do morro
até as portas do paraíso
do nós que se revolta
(oswaldo martins)
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