AS DUAS RAMEIRAS
Todas as mulheres de que não me aproveitei
visitam os meus melhores sonhos,
os meus piores pesadelos.
Levanto-me de pau feito
todas as manhãs.
Tomo ginseng e vitaminas
A, B, C, D e E.
Depois fumo um cigarro
e sento-me ao computador
a teclar poemas como este
à espera das duas rameiras mais infames
da terra: a Fama e a Morte.
Só me resta a esperança
de que não venham, as puras, as duas
de mão dada.
(Roger Wolfe – tradução Luís Pedroso)
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