fecharam-se nas sintaxes das paredes
os cavos os ecos sabem ao nascer do
lodo a gosmas-gozo a noites-sêmen
um paralelepípedo em si mesmo crosta
antes da pedra o desafio das linhas nega
o talvez anverso com que se faz língua
de dioniso os perplexos deuses dançam
nas setas das hetairas do balacobaco
enquanto perfuram-na mantras-manha
cria um mundo-nada cujas palavras
e o deslocamento dos sentidos grifa
um pé de serra dançados emblemas
e velhas paredes
(oswaldo martins)
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