sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Poema do dia

Síntese

Noite silenciosa. Casa silenciosa.
Mas sou a mais calma estrela,
Eu também produzo luz própria
Além dos limites de minha noite.

Cerebralmente, voltei para casa
De infernos, céus, lixo e gado
E também o que se concede à mulher
É obscura e doce masturbação.

Revolvo o mundo. Agonizo a pressa.
E depois me dispo na alegria:
Não há morte, nem pó malcheiroso
Que me leve, eu-conceito, de volta ao mundo.

(Gottgried Benn)

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