shoji
traspassa
à sombra do silêncio
passos
de soslaio furtam aedos
percorrem
dedos
um
dorso de gato faz do quarto
o
inominável nada se desvelar
em
lento segredo
os
saquês cingem a inquietude
as
sombras velam o incêndio
abre-se
a passagem
o gato
fita a pele seca viva
no
ainda vazio transparente
do
aposento
bola de gude
o ato
vidra o atro
som da
noite
os
planos cantam
tonturas
se há
abismos
veste
os vazios
o
estupor cego
dos
que percebem
a
denegação dos dias
(oswaldo
martins)
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