botas truncam troncos retorcido
exercício de aforas padiola-rés
aos réis da malcozida república
tocam a subir a ignota terra torta
à sombra dos heróis contestados
pelos que de vaza-barris fixam
o lobrigar nas casas e em preces
chilreiam sandálias-pássaras aves
do exílio que cantam no lombo
da soldadesca de olhos na atonia
em batalha de cujo cuspe-krupp
a esmo o ermo da crença fere
o corpo a ordenar-lhes avancem
os canhões mesmo que abertos
no flor-estrondar ao revés do tiro
(oswaldo martins)
Maravilha, gosto muito do uso que Oswaldo faz de palavras injustamente esquecidas, porque sonoras, mesmo tratando de temas urgentes. Poesia, enfim, feita "com palavras, não (só) com ideias"
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