Noite setembrina. Tristes, os gritos obscuros dos pastores
entoam através da aldeia que escurece. O fogo faísca na forja.
Enorme, um cavalo negro empina-se; as tranças jacintinas da
moça
perseguem o fervor das suas ventas purpúreas.
Silencioso, o grito da corça congela na orla do bosque
e as flores amarelas do outono
inclinam-se , mudas, sobre as faces azuis do lago.
Na chama vermelha arde uma árvore; os morcegos esvoaçam com
rostos sombrios.
(Georg Trakl)
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